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Alinha na verdade é o caminho que deves seguir para não te desalinhares pela desinformação e estares em linha com a verdade.

Metodologia 
Alinha na Verdade

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Para determinar o grau de veracidade da notícia a ser analisada, é usada uma metodologia composta por diversas etapas.

 

Etapas da avaliação:

  1. Ler a notícia na íntegra;

  2. Confirmar a legitimidade do portal onde foi partilhada a notícia;

  3. Verificar as fontes mencionadas;

  4. Procurar as informações difundidas em outras fontes;

  5. Comparar os dados obtidos;

  6. Atribuir uma etiqueta correspondente à métrica escolhida.

A nossa métrica

Esta métrica é a maneira da equipa Beyond the Line mostrar de uma forma visual e fácil de entender a avaliação do grau de veracidade de uma notícia.

A Universidade de Coimbra está a liderar o primeiro estudo focado nos adolescentes para a detecção precoce e prevenção do Transtorno de Personalidade Borderline. Esta investigação científica pretende focar-se, essencialmente, nos fatores de risco e de proteção relacionados com a prevenção da doença antes do seu agravamento. A equipa Beyond The Line, através da secção Alinha na Verdade, pretende compreender o grau de veracidade da investigação realizada pela universidade.

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O ITAD, Instituto de Apoio e Desenvolvimento, é uma Clínica de Psicologia em Lisboa, que aborda vários temas da saúde mental no seu site. Um deles é o transtorno de personalidade Borderline, explicado pelo Dr. Sérgio Pereira, psicólogo da clínica ITAD, juntamente com outros profissionais de saúde da clínica. 

O psicólogo fala sobre a caracterização desta doença, como “padrões difusos de instabilidade nas relações interpessoais”, difícil gestão das emoções, impulsividade, raiva intensa e inapropriada e comportamentos automutilantes.

Este transtorno não é um só sintoma, mas um conjunto de vários, de maneira intensa e descontrolada, o que faz com que seja encarado como doença.

De modo a sedimentar e complementar esta análise fact-checking, recorreu-se, também, ao artigo científico desenvolvido por estudantes da Universidade de Coimbra, publicado em 2020, que realizaram um estudo quantitativo no que concerne aos traços de borderline na adolescência e diferenças entre os sexos. 

De acordo com Diogo Carreiras, Paula Castilho e Marina Cunha, autores do artigo original O efeito da impulsividade, autoaversão e autocompaixão nos traços borderline na adolescência: Estudo das diferenças entre sexos, “A investigação em torno dos traços Borderline na adolescência tem crescido nos últimos anos, partindo da premissa de que, sendo a PBP (Perturbação Borderline da Personalidade) uma patologia da personalidade, existe uma trajetória desenvolvimental disfuncional que pode ser detetada em faixas etárias mais jovens (Paris, 2009). Vários autores salientam que padrões comportamentais, cognitivos e afetivos disfuncionais manifestam-se antes dos 18 anos de idade e, portanto, traços ou características Borderline podem ser identificadas na adolescência (Bradley et al., 2005; Crick et al., 2005; Sharp & Bleiberg, 2007).” 

Tal como consta na notícia escolhida, “(...) em média, as raparigas adolescentes apresentam traços borderline mais elevados que os rapazes. O mesmo se verifica no artigo científico da Universidade de Coimbra respeitante ao mesmo tipo de investigação. “Comparativamente aos rapazes, as raparigas apresentaram níveis mais elevados de traços borderline, t(438) = 2,25, p = 0,03, e depressão, t(438) = 2,25, p = 0,02, com um tamanho de efeito pequeno, bem como níveis mais elevados de autoaversão, t(438) = 5,42, p < 0,001, com tamanho de efeito médio.” (Carreiras, et al., 2020). 

A notícia está em concordância com o artigo disponibilizado pelos estudantes da Universidade de Coimbra, que realizaram um estudo semelhante ao noticiado, bem como apresentaram semelhanças nos resultados respectivos: a maior predisposição ao traço borderline por parte do sexo feminino, as diferenças entre os dois tipos de sexos em variáveis distintas, e a importância da compreensão desta patologia na faixa etária em estudo.

Alinhamos que...

Ao longo da notícia são citados vários autores da investigação, neste caso docentes, o que transmite uma maior credibilidade e confiança à notícia. Juntamente com isto, o facto de estar disponível um artigo com estudos e resultados semelhantes, realizados por estudantes da mesma Universidade que  é apresentada na notícia, aumenta a fidedignidade. Os sintomas e ocorrências apresentados na investigação podem ser verificados no site do ITAD que, por sua vez, é construído por diversos profissionais de saúde mental. Deste modo, Alinha na Verdade avalia, consoante a  metodologia, esta notícia como Altamente Confiável. 

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